segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cercado.

Responsabilidade. Uma palavra tão importante mas ao mesmo tempo tão agonizante. Obrigações nos cercam a todo momento, não nos deixando pensar. Só o que conseguimos raciocinar é analisar. Estudar. Realizar.

Tantas são as vezes em que a imaginação tenta falar mais alto: Fugir do mundo, curtir a vida e por um segundo deixar o momento ser o mais profundo.

Apenas rir. Se divertir. Falar sobre coisas banais. Fingir estar em telejornais. Conversar a noite inteira, não tendo em momento algum uma ponta de canseira.      

Apenas viver.

Ultimamente, sinto que tenho vivido pouco. Aproveitado pouco. As obrigações aparecem a cada segundo no meu pensamento, me acordando subitamente de um divertido sonho. Sonho esse que dificilmente há de voltar.

Queria poder o tempo parar.

E alegremente gritar, pular.

Só de pensar meu eufórico coração parece vibrar.

Mas.  Novamente a dolorosa realidade me persegue. Ela não me deixa escolha. Acordo e estou novamente numa escura rua sem saída. 

 

uma rua escura

sábado, 17 de julho de 2010

Fechado.


           Me sinto perdido. De novo. Sinto que estou num mundo de pessoas distintas de mim, estranhas. Minha dor já não é suportável. Sinto a necessidade de me trancar em um quarto branco, minúsculo, e permanecer lá até não mais resistir. Não ter para onde fugir. Ficar lá até não ter mais o que pensar, não ter mais forças para raciocinar. Olhar para os lados e simplesmente ver nada. Nada digno de se observar. Quero testar a capacidade de minha insuportável mente, e ver se ela é tão poderosa quando se diz ser. Até padecer.
          Já não consigo seguir. Tudo que tento é motivo para desistir. A cada dia perco mais razões para querer continuar. Sou dramático, eu sei. Sou imaturo, não consigo agüentar as dificuldades da vida. EU JÁ SEI DISSO.
       Já cansei de ser criticado. Já cansei de indagações estúpidas e respostas culpadas. Já cansei de acusações não argumentadas, falas não pensadas. Já cansei. Só o que sabem é falar, tentar argumentar, criticar. Ajudar? Nem pensar. O problema sempre tem que estar em mim, ao meu lado, pronto para causar, bagunçar. Chega a ser engraçado.
     Não sei para onde correr, a o que recorrer.  Meu mundo parece estar se fechando, e eu já não sei se quero tentar abri–lo de novo.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Socorro.

Ultimamente tenho estado sufocado.    De pensamentos.

São tantas as coisas que preciso fazer, são tantos os compromissos que devo cumprir, que as vezes me pergunto: o que eu faço? como devo agir?

 

Já não tenho mais escolhas fáceis. Tudo que antes parecia ser rapidamente resolvido, se tornou uma terrível dor de cabeça. Tenho medo do futuro. Tenho medo de não ser capaz de realizar o que os outros querem que eu faça. Tenho medo de não ser o que querem que eu seja.

Se ocupo todo o meu tempo com afazeres minha mente grita, pedindo descanso. Se paro um minuto para me distrair, sou tomado por obrigações futuras, que necessitam – e rápido – de um planejamento. Mas como planejar coisas que nem sei ao certo se consigo fazer? Assim fica difícil, não?

Já não sei se o motivo disso tudo é a época em que vivo, o contexto que estou inserido ou se sou realmente fraco, pessimista, que não consigo suportar nada. São coisas desse tipo que me deixam sem ação. E reação. Tento falar, gritar, explanar. Mas minha voz não é audível. Ela não consegue sair.

Apenas continuo a viver, tentando transparecer.

 

el_grito

Quem?

É incrível como meu temperamento e minha personalidade mudam num piscar de olhos. E isso me desespera;

Eu já me perguntei se tudo o que disso na postagem anterior é verdade; Simplesmente não sei responder se tudo aquilo é realmente o que eu penso nesse exato momento. Se tudo aquilo não foi uma simples escapatória, uma simples mentira apenas para enganar eu mesmo.

Eu gostaria apenas de ser normal, ter problemas solúveis para alguem como eu. Gostaria de saber o que é meu. Queria parar e gritar para todos que tenho orgulho de ser quem eu sou, e que nada nem ninguém pode me machucar. Queria parar e falar que sou feliz, e que não há motivos para chorar. Queria sentar e escrever coisas satisfatórias, transmitir um sentimento de felicidade.

 

Queria apenas poder me enganar.        Escapar da encruzilhada.

 

Me olho no espelho e não reconheço quem eu sou. Me olho e vejo que o tempo não parou.  Que o mundo continuou. E a pessoa diante de mim, não avançou, simplesmente regressou.

 

espelho

 

                                                                                                        Quem sou eu?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parei.


De ser o que os outros querem que eu seja.

Parei.
De achar que o final feliz acontece com um simples virar de páginas.

Parei.
De pensar que tudo na vida é motivo para se lamentar.

Parei.
De criticar ou outros sem antes ver o que eu estou fazendo de errado.

Parei.
De tentar agradar a todos. Nem Deus consegue isso.

Parei.
De querer a minha vida seja perfeita.

Parei.
De fazer coisas pensando no amanhã; De que isso adianta, se não vivo o agora?

Just trying to live… a better life.