sábado, 18 de dezembro de 2010

Tristeza.

E eu ainda não consigo entender. Tento, mas ESSE quebra – cabeça eu não posso resolver. Por que não posso simplesmente ser 0006c10w_thumb2feliz? Olho para trás, e percebo que nada fiz. Não consigo simplesmente sorrir. É doloroso para mim fingir. E as lágrimas que caem enquanto escrevo mostram descaradamente aquilo que diariamente tento, inutilmente, esconder. Queria apenas conseguir viver, seguir em frente para enfim ver. Ver que a vida é preciosa demais para que despedice-a de uma forma tão banal. Tão… brutal. Eu estou num patamar, onde nada mais parece se consertar. Tudo virou motivo para chorar e lamentar.

Isso me desgata.

Olho para as pessoas e sinto inveja de seus sorrisos verdadeiros, de suas alegrias espontâneas. Pareço que vivo numa infinita encenação. E enquanto guardo essa solidão dentro de mim, o buraco parece crescer, e não quer saber de ceder. As perguntas que crio são sempre as mesmas:

Até quando isso irá crescer?

Até quando irei encenar?

Nunca mais poderei verdadeiramente sorrir?

Quando poderei viver? Não ligar? Verdadeiramente, e simplesmente… Rir.Homem

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Estranho.

Olho para os lados e me sinto perdido. Sozinho. Sento e começo a observar todos que me cercam, e chego a uma previsível conclusão: não sou normal.

Parece que meu ponto de vista e minha forma de ver as coisas são algo extinto. O mundo parece andar de uma determinada forma, e eu não consigo acompanhar seus passos, às vezes muito acelerado, outras muito retardado. Só o que sinto é um vazio interior, e um nada exterior.

Sou uma casa mal acabada, que visivelmente está prestes a desabar, pois suas estruturas parecem antigas ou frágeis demais. Interiormente, está mal decorada, com paredes que parecem novas, prestes a secar. Objetos contrastantes, novos e antigos, e nada mais. Um sentimento de solidão e vazio parece toda a casa encher, que mesmo sua vasta decoração não consegue preencher.

Observo conversas, gostos, ações. Incrivel e estranhamente, sinto raiva e desgoto, de ver o quão fútil o ser humano se tornou. Não, não me excluo dessa lista, nem digo que sou melhor. Sou tão fútil quanto os outros, e é isso que me faz sentir pior.

Não consigo apenas sorrir. Por trás de minha risada, existe um grito desesperado que, escondido, continua a corroer minha alegria. Cada sorriso meu representa uma lágrima, que mais tarde irei derramar junto a tamanha agonia. Lágrimas racionais, não emocionais. Lágrimas causadas por pensar demais, analisar demais, calcular demais. Queria poder deixar rolar. Apenas continuar, sem muito com o que me preocupar.

Percebo que ao pensar demais, ao analisar demais, me torno mais anti-social. As vezes vejo determinadas coisas nas pessoas que fazem afastar-me delas. Coisas que só são notadas apenas por eu ser assim.

Continuo sozinho.

 

Mas parece até provocação. Quando enfim encontro alguém que posso confiar, que posso me identificar, um imprevisto acontece, e nossos destinos são duramente separados.

E assim o tempo continua passando, e eu continuo andando. Sem rumo, como se estivesse numa larguíssima rua, amarrotada de pessoas, sozinho. É o paradoxo novamente que me cerca.

Ao ver que meu presente não traz nada de bom, começo a mais adiante pensar, e o meu fuutro planejar. Mas novamente um muro bloqueia meu andar. Tento, incansavelmente, quebrá-lo, com todas minhas forças. As tão pesadas lágrimas tornam-se leves. A tão constante análise se torna um mero comentário. Olho para os lados e ninguém consigo enxergar. Nada consegue o muro quebrar. E ele continua lá, estagnado em minha mente, impedindo-a de seguir em frente. Impedindo-me de ver se, quando essa ridícula fase passar, tudo irá melhorar. E eu maduro o suficiente,     irei estar. Para enfim esse desgastante muro quebrar.

 

Muro (1)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Círculos.

          Sinto-me perdido. Estou de uma forma que nunca estive antes. Não sei descrever sucintamente o que se passa. Simplesmente sei que não estou bem. Tento , repetidamente, criar uma máscara de felicidade para que eu não transpareça o que realmente estou passando. Mas sei que essa máscara é frágil, inútil contra tamanha contradição.

Uma dor inconsciente apareceu em mim e, ultimamente, insiste em permanecer. Tento rir, esquecer e pensar que todos nós passamos por dificuldades. Mas essa segurança dura pouco, e quando a dor volta, traz consigo mais sofrimento.

Tenho tantas coisas a fazer, tantos assuntos a tratar, mas minha tristeza quer ser a personagem principal dessa dramática peça, ofuscando todas as demais personagens. O problema é que esse espetáculo já está se tornando clichê, passando repetidamente a mesma história. O final é sempre o mesmo: de uma forma ou de outra algo acontece que faz com que fuja de tal realidade. Faz-me sair e parar de assistir à peça, fingindo que não me importa. E é exatamente isso que mais me tortura: Não suporto ficar nesse paradoxo, brigando diariamente com meu subconsciente. Não suporto sempre estar dividido entre o sim e o não, e nunca conseguir, realmente, decidir – me sobre algo. Não agüento andar nesse ciclo sem fim, que toda vez me leva ao mesmo lugar. Não consigo sair, pensar em uma forma de ajudar – me. O peso de minhas lágrimas são diretamente proporcionais ao meu real, e criam um rastro de dor por onde passam.

E não canso de me perguntar se, durante todo esse tempo, estou criando tempestade em copo d’água, e fazendo de míseros problemas complexos paradoxos. Se minha vida é como a de todos adolescente, e que eu que sou fraco e não sei lidar com os problemas. E, mesmo pensando dessa forma, desespero – me na mesma proporção, pois percebo que não tenho a maturidade necessária que o tempo e a idade exigem.

solidao

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dor.

E então olhei para aquela face.

Já não reconhecia mais seu sorriso, sua risada alta e nem mesmo sua voz estrondosa. Na minha frente, apenas vi. Senti uma dor pulsar dentro de mim, e meu coração parecia querer lutar contra meu cérebro, tentando ter mais razão que ele próprio.

E então olhei para aqueles olhos.

Já não reconhecia mais a vivacidade de suas pupilas, que antes eram blindadas por óculos. Quando nossos olhares encontraram – se, a dor parecia insuportável. As lágrimas estavam prontas para sair a qualquer momento, bloqueadas apenas pela minha própria razão. Na minha frente, consegui ver apenas uma criança, marcada pelo tempo cruel e sádico. Seu rosto tinha uma expressão vazia, mas que claramente demonstrava tristeza. Dor. O tempo parecia estar regredindo, e seus lábios, que movimentavam – se repetidamente a fim de tentar, inutilmente, triturar os mínimos pedaços de alimentos, gritavam , silenciosamente, por socorro.

E então olhei para aquele tronco.

O forte corpo, que antes levava – me para lugares distantes, agora parecia uma simples estrutura frágil. As mãos, que antes me seguravam com toda a força, protegendo – me de todo e qualquer perigo, agora eram simples marcas do passado, que lentamente mexiam – se, a fim de mostrar que ainda estavam ali. A cadeira, que antes era um grande símbolo de seu espaço, agora parecia a única coisa que o sustentava e fazia-o permanecer em tal estado.

Um segundo havia se passado, mas era como se, ao presenciar tal cena, estivesse vendo um filme de toda uma vida. Lembranças, vozes e momentos bombardearam minha mente, e deram mais força às lágrimas, que incrivelmente ainda estavam relutantes em sair.

Um segundo. Não foi o suficiente para que eu, fraco, pudesse dizer algo, no mínimo, estimulador. Simplesmente soltei um “Oi, vô”, minha voz mais parecendo um sussurro rápido e seco. Olhei inutilmente para seu rosto, na esperança de que aquelas meras duas palavras tinham chegado até ele. Seus olhos apenas se voltaram para mim, enquanto eu lentamente saia de seu campo de visão. Sua expressão permaneceu a mesma, sem se quer uma mudança. Minha presença, naquele mísero minuto, não havia sido de nenhuma ajuda. Saí carregando em meu ombro uma culpa inexplicável, ao mesmo tempo em que me envergonhava de tamanha estupidez.

Seus gritos ao longo da noite passada pareciam afiadas facas, que apunhalavam a todos a sua volta. Sua dor parecia materializar-se junto com as vibrações, atingindo, dramaticamente, meu coração. Sentia-me fraco, inútil, inexistente. Nada do que tentava parecia diminuir seu sofrimento. O meu sofrimento.

Apenas fechei os olhos e, finalmente, deixei que as lágrimas caíssem furiosamente, tentando, de alguma forma, aliviar a minha dor. A dor de perde-lo.

"You'll always be in my heart. Love U, Grandpa.

 

 cadeira

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Palavras.

Dessa vez estou aqui para um desabafo.

Às vezes, quando olho para os lados, sinto que estou em um profundo abismo, e que a estrutura necessária para me suportar ainda não está totalmente formada.

Olho para os lados e pouco vejo. Mas esse pouco é o suficiente para me cegar. Estou vivendo em um ninho de fofocas, intrigas e acusações. Certas pessoas acham que são superiores as outras e, de uma forma totalmente cotidiana e simples, golpeiam – me com palavras tão fortes quanto posso imaginar. Elas vêm de todos os lados, cercando - me e fazendo minha imune mente desesperar-se ao tentar, em vão, descobrir uma forma de defender-me desses impiedosos golpes. Quando me dou conta, o efeito já começa a aparecer, e vejo que minhas tentativas foram inúteis contra a força a mim direcionada. Só o que sobra são sentimentos que corroem minha alma, e me fazem ficar totalmente sem reação. As palavras que tanto me machucam simplesmente penetram minha mente, e lá permanecem. Não consigo, de forma alguma, tirá-las de lá, e direcioná–las novamente aos seus autores.

Essas palavras, juntas, misturam-se, e tornam-se um sentimento de raiva, angustia. Desespero. O que leva essas pessoas a fazerem algo assim? Qual é a lição que essa perseguição, essas calúnias trazem?

Enquanto usam seu tempo e inteligência para acabar com a vida alheia, esquecem da própria, e não percebem que a cada dia seu interior fica pior, mais sujo. Esquecem que todos os seres humanos, sem uma única exceção, são passíveis de erros e defeitos, e que exatamente por isso devemos olhar para nós mesmos e tentar arrumar aquilo que não está certo.

Mas parece que esse tipo de pessoa acha que é perfeita, já que procura os defeitos nos OUTROS. E ainda sente – se bem em, mesmo não sabendo a veracidade do fato ou de algo, espalhar para os outros, que parecem alimentar – se de fofocas e fatos intrigantes ou “interessantes”. E o problema é que, quando ouvem algo, não estão interessados em saber se aquilo realmente é viável, verdadeiro ou não. Simplesmente ouvem, acham engraçado ou divertido e saem contando para todos, não importando – se, em momento algum, com o real alvo de toda a acusação.

E é por isso que o mundo está desse jeito. As pessoas não percebem que, enquanto estão caluniando o próximo estão, conseqüentemente, acabando com elas próprias. Muitos gostam de sentar e começar a apontar defeitos, estilos e jeitos de determinadas pessoas – por puro prazer -, e esquecem-se de parar e analisar a si próprio.

Eu simplesmente estou farto. Farto dessas pessoas hipócritas, ignorantes – sim, ignorantes – e estúpidas, que pensam que cuidar da vida do outro vale algo. Eu realmente sinto pena – sim, PENA – desse tipo de pessoa, porque sei que, no fundo, não são felizes, e precisam voltar a atenção de todos para outro qualquer para que ninguém veja quem ela realmente é. Ela NECESSITA rebaixar os outros para sentir-se superior.

E eu digo: As palavras são nossas maiores armas, mas infelizmente grande parte dos humanos não sabe usá-las de forma racional e, principalmente, inteligente.

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vida.

Qual é a razão da nossa existência? Crescemos, aprendemos, erramos, vivemos. Somos parte de um terminável período que se perdura até a morte. Tudo que fomos ou fizemos deixa de ser parte desse ininteligível mundo. Nossa existência carnal e física se torna nada.

A todo momento, quando percebo, estou pensando sobre a morte. Essa palavra trás calafrios para muitos, e quando alguém decide citá-la, esse se torna alvo de acusações e espanto. Mas por mais que tente não consigo parar de pensar. Existe uma inquietação dentro de mim que me permite não me dar por convencido de que simplesmente um dia deixarei de existir, e de que minha estadia na Terra é parte de um simples ciclo divino.

Como é possível passar por esse estranho e misterioso mundo, do qual minha limitada mente não consegue decifrar ou entender completamente, sem nada trazer ou mudar? Como é possível eu viver tantos momentos, aprender tantas lições, para um dia, quando estiver despreparado, a morte bater à minha porta e simplesmente me levar, e deixar todo o meu conhecimento acumulado, durante tantos anos, se tornarem cinzas... Meras lembranças?

Enquanto alguém não me der uma explicação plausível e racional de que realmente nada somos nessa imensidão, e de que nossa existência é uma simples página que será virada, num imenso livro, e que caso for arrancada não alterará o rumo e entendimento da história, afirmarei com total veemência de que estou aqui para algum propósito e que minha existência serve para algo.

deus

 

Felicidade.

Vivemos toda nossa vida procurando pela felicidade – ou pelos menos é o que penso -. Vamos à escola, faculdade, em busca de um futuro qualificado, que nos traga estabilidade em todas as áreas de nossa vida. Mas, nessa jornada, procurando por essa tal “felicidade”, estranhamente nos esquecemos dela. Momentos que nos trazem uma confortante sensação e nos fazem rir carregam, consigo, um mero fragmento dela, que logo se dissipa diante de nossos olhos. O tempo acaba tornando-se palco de diversas obrigações, que por vezes acobertam o caminho que construímos incansavelmente. E esse palco, aos poucos, começa a se desgastar, até ficar sem a estrutura necessária para suportar tamanha carga.

Envelhecemos.

Tudo aquilo que nos tornamos vira reflexo do que fizemos, e o caminho para a felicidade parece tornar-se mais visível. Porém percebemos que esse visível caminho apresenta mais obstáculos do que imaginávamos, e chega um momento em que nossas atuações já são dispensáveis e inúteis.

Morremos.

Tudo aquilo que lutamos para conseguir torna-se nada, e o caminho para a felicidade, que parecia tão perto, some. Nossas cobiças, desejos e vontades permanecem nesse físico e incompreensível mundo. Por fim, tiramos o pé do palco, que desmoronou sob tamanha pressão.

Do que adiantou nos preocuparmos com tantas coisas? Do que adiantou juntarmos tanto dinheiro? Raiva, rancor, ira? A verdadeira felicidade, que deveria ser nossa maior preocupação e cobiça, simplesmente sumiu durante a jornada e, agora, depois de nos libertarmos desse corpo físico, percebemos que nossa vida toda foi em vão. Se tivéssemos aproveitado cada situação confortante, se tivéssemos sorrido em cada bom momento, teríamos juntado os mínimos fragmentos da felicidade e, ao terminarmos nosso show, teríamos fechado a cortina sob aplausos da multidão.

Não posso descrever qual é a verdadeira felicidade. Não existe dicas ou façanhas para que o caminho até ela se torne mais fácil. Se um dia com a mesma depararmos,simplesmente saberemos reconhecê-la, pois, ao deixarmos esse mundo, estaremos sorrindo e percebendo que tudo o que fizemos ... valeu a pena.

 

ApenasUmSorriso

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cercado.

Responsabilidade. Uma palavra tão importante mas ao mesmo tempo tão agonizante. Obrigações nos cercam a todo momento, não nos deixando pensar. Só o que conseguimos raciocinar é analisar. Estudar. Realizar.

Tantas são as vezes em que a imaginação tenta falar mais alto: Fugir do mundo, curtir a vida e por um segundo deixar o momento ser o mais profundo.

Apenas rir. Se divertir. Falar sobre coisas banais. Fingir estar em telejornais. Conversar a noite inteira, não tendo em momento algum uma ponta de canseira.      

Apenas viver.

Ultimamente, sinto que tenho vivido pouco. Aproveitado pouco. As obrigações aparecem a cada segundo no meu pensamento, me acordando subitamente de um divertido sonho. Sonho esse que dificilmente há de voltar.

Queria poder o tempo parar.

E alegremente gritar, pular.

Só de pensar meu eufórico coração parece vibrar.

Mas.  Novamente a dolorosa realidade me persegue. Ela não me deixa escolha. Acordo e estou novamente numa escura rua sem saída. 

 

uma rua escura

sábado, 17 de julho de 2010

Fechado.


           Me sinto perdido. De novo. Sinto que estou num mundo de pessoas distintas de mim, estranhas. Minha dor já não é suportável. Sinto a necessidade de me trancar em um quarto branco, minúsculo, e permanecer lá até não mais resistir. Não ter para onde fugir. Ficar lá até não ter mais o que pensar, não ter mais forças para raciocinar. Olhar para os lados e simplesmente ver nada. Nada digno de se observar. Quero testar a capacidade de minha insuportável mente, e ver se ela é tão poderosa quando se diz ser. Até padecer.
          Já não consigo seguir. Tudo que tento é motivo para desistir. A cada dia perco mais razões para querer continuar. Sou dramático, eu sei. Sou imaturo, não consigo agüentar as dificuldades da vida. EU JÁ SEI DISSO.
       Já cansei de ser criticado. Já cansei de indagações estúpidas e respostas culpadas. Já cansei de acusações não argumentadas, falas não pensadas. Já cansei. Só o que sabem é falar, tentar argumentar, criticar. Ajudar? Nem pensar. O problema sempre tem que estar em mim, ao meu lado, pronto para causar, bagunçar. Chega a ser engraçado.
     Não sei para onde correr, a o que recorrer.  Meu mundo parece estar se fechando, e eu já não sei se quero tentar abri–lo de novo.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Socorro.

Ultimamente tenho estado sufocado.    De pensamentos.

São tantas as coisas que preciso fazer, são tantos os compromissos que devo cumprir, que as vezes me pergunto: o que eu faço? como devo agir?

 

Já não tenho mais escolhas fáceis. Tudo que antes parecia ser rapidamente resolvido, se tornou uma terrível dor de cabeça. Tenho medo do futuro. Tenho medo de não ser capaz de realizar o que os outros querem que eu faça. Tenho medo de não ser o que querem que eu seja.

Se ocupo todo o meu tempo com afazeres minha mente grita, pedindo descanso. Se paro um minuto para me distrair, sou tomado por obrigações futuras, que necessitam – e rápido – de um planejamento. Mas como planejar coisas que nem sei ao certo se consigo fazer? Assim fica difícil, não?

Já não sei se o motivo disso tudo é a época em que vivo, o contexto que estou inserido ou se sou realmente fraco, pessimista, que não consigo suportar nada. São coisas desse tipo que me deixam sem ação. E reação. Tento falar, gritar, explanar. Mas minha voz não é audível. Ela não consegue sair.

Apenas continuo a viver, tentando transparecer.

 

el_grito

Quem?

É incrível como meu temperamento e minha personalidade mudam num piscar de olhos. E isso me desespera;

Eu já me perguntei se tudo o que disso na postagem anterior é verdade; Simplesmente não sei responder se tudo aquilo é realmente o que eu penso nesse exato momento. Se tudo aquilo não foi uma simples escapatória, uma simples mentira apenas para enganar eu mesmo.

Eu gostaria apenas de ser normal, ter problemas solúveis para alguem como eu. Gostaria de saber o que é meu. Queria parar e gritar para todos que tenho orgulho de ser quem eu sou, e que nada nem ninguém pode me machucar. Queria parar e falar que sou feliz, e que não há motivos para chorar. Queria sentar e escrever coisas satisfatórias, transmitir um sentimento de felicidade.

 

Queria apenas poder me enganar.        Escapar da encruzilhada.

 

Me olho no espelho e não reconheço quem eu sou. Me olho e vejo que o tempo não parou.  Que o mundo continuou. E a pessoa diante de mim, não avançou, simplesmente regressou.

 

espelho

 

                                                                                                        Quem sou eu?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parei.


De ser o que os outros querem que eu seja.

Parei.
De achar que o final feliz acontece com um simples virar de páginas.

Parei.
De pensar que tudo na vida é motivo para se lamentar.

Parei.
De criticar ou outros sem antes ver o que eu estou fazendo de errado.

Parei.
De tentar agradar a todos. Nem Deus consegue isso.

Parei.
De querer a minha vida seja perfeita.

Parei.
De fazer coisas pensando no amanhã; De que isso adianta, se não vivo o agora?

Just trying to live… a better life.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tempo.

O tempo. Uma palavra que ultimamente tem me assustado de tal forma, que não mais tenho como descrever. É inútil tentar escrever, quando isso não me deixa ao menos entender.
Ele se tornou meu pior inimigo. Não consigo controlá – lo, não consigo dominá – lo. Tudo o que tenho feito é apenas uma mera passagem de fatos, que simplesmente não significa nada. Quando me dou conta já estou alienado só de pensar: As obrigações parecem ser impossíveis; parecem nunca acabar. o tic tac do relógio parece uma bomba dentro da minha cabeça, pronta para explodir a qualquer momento.
Olho para o meu lado e só o que consigo pensar é o quão ocupado estou. Meu cérebro se tornou um simples empregado dos deveres, obedecendo a cada um deles sem ao menos poder raciocinar.
Tento fechar os olhos, para enfim poder descansar, mas até no mundo onde qualquer coisa se torna possível, as obrigações lá estão para meu sonho estragar.
Acordo novamente e sinto como se nada dormi. A sensação que tenho é de que mal comi. AS forças que me levantam para mais um dia já não são mais explicáveis. Mais um mínimo dia, onde tenho que vencer meus próprios limites psicológicos para ao menos poder andar, falar.
Tudo se torna esgotável. Tudo parece ser inacabável. Meu interior grita de cansaço pedindo, implorando. Minha mente já não tem no que focar. Quando em uma coisa tento pensar, outras mil lá estão para que eu possa finalizar – ou melhor, tentar -.
O silêncio antes tão profundo abre as portas para milhares de vozes, soltas pelas engrenagens descontroladas que não param de trabalhar no meu cérebro. Nunca.
Querer fechar os olhos e dormir em paz se tornou um sonho para mim, até porque nem em sonhos conseguiria apenas nisso pensar. O processo fisiológico tenta fazer sua parte. Minhas pálpebras parecem pesar toneladas, e eu sou apenas um lutador peso pena tentando levanta - las, sem sucesso algum. Sinto novamente um desespero passar por todo o meu corpo, como choques elétricos disfuncionais que passam por ele, causando o efeito oposto do que deveria.
Já não me sinto vivo o suficiente. Não aproveito mais a vida. Tenho medo de tudo isso dure para sempre.
Tenho medo de no fim, não poder sorrir e dizer que tudo... simplesmente valeu a pena.
cansaço post 3

sábado, 5 de junho de 2010

Eu.

Por que será que sou assim?
Já parei para me perguntar o porquê de minha cara pessoa ser assim. São tantas as coisas que gostaria de mudar. São tantos os pensamentos que gostaria de deletar, que ainda me pergunto:

Por quê?

Vivo sempre em conflito comigo mesmo, brigando com meu subconsciente, que insite constantemente e duramente em querer discordar de tudo que faço e penso. Eu crio um interminável pergaminho de dúvidas que insistem em terem respostas. Respostas essas que sinceramente não sei se irei encontrar.

Vivo criando expectativas sobre tudo a minha volta. Meu futuro, meu emprego, minha família, minha esposa. Mas as vezes, quando realmente paro para pensar, começo a entender que essas expectativas são mero produto de minha fértil imaginação, que persiste em querer transformar ficção em realidade.

Chego a me desesperar quando olho para a frente e vejo apenas uma cortina branca, esfumaçada por desconfiança e insegurança.
Quero apenas poder sorrir verdadeiramente, sem guardar por trás da felicidade medo e receio.

Mas é como uma sábia amiga já disse:
Independente de tudo, a única coisa que eu quero é apenas um final feliz.
happiness

Prometa.

gkduy

Que por mais que o tempo passe, nunca deixaremos de conversar.

Me prometa.

Que por mais que a distância aumente, um do outro iremos sempre lembrar.

Me prometa.

Que independente de quantos amores tivermos, um ao outro iremos sempre amar.

Me prometa.

Que quando uma lágrima derramar,de mim lembrar, e correr para que eu possa ajudar.

Me prometa.

Que mesmo que o mundo se dividir, e a confiança deixe de existir, comigo vai sempre seguir.

Me prometa.

Que mesmo que tudo mudar, ao meu lado sempre vai estar.

                                          Apenas me prometa.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Idealização.

Por que? Essa é a única pergunta que tenho me feito ultimamente. Não estar contente. Se sentir diferente. Incopetente.  Minha unica vontade é de mudar. Explorar. O meu interior é ferido, como se agulhas afiadas espetassem minha alma.

Já não sinto mais dor. 
          Já não tenho mais calma.
                 Não me sinto depressivo. Nem abusivo.      
                           Só gostaria de, por um único momento, me sentir bem.
                                      Aceitar - me como eu sou. E continuar do jeito que estou.
                                                 Mas as pessoas insistem em querer me machucar, me apunhalar.

O que é a verdadeira felicidade? O que significa ser feliz? Essas questões me deixam perdido. Não tenho mais para onde ir. Sinceramente nem tenho mais motivo para fugir. Fugir de mim mesmo.

                     Por que ser assim?
     Me olho no espelho e a angústia toma conta de mim.
                    O desejo de mudança é maior que a propria razão.
                                 Que muitas vezes é tomada pela extrema ilusão.
                                           Os esterótipos me atingem, não me deixando pensar
                                                                             a única coisa que idealizo, é belo ficar.

Sou fútil. Inutil. Sonhador. Perdedor. Essa idealização nunca irá chegar. Preciso aprender que o meu destino... é simplesmente sozinho ficar.



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Silêncio.

O silencio. Um tesouro enterrado no fundo da alma. Ele me traz calma.

Quero me calar.
Mas.

O meu silêncio se torna errante. Gritante. Horripilante. Mil palavras tentando sair, mas nenhuma consegue prosseguir, partir.
O mundo precisa se calar. Uma paz silenciosa preciso encontrar. Estou perdido num labirinto de sons que me rodeiam sem parar. O grito torturante tenta a todo custo sair de mim. Me martiriza. Essa dor tem que passar. Mas e se é o remédio que está me matando?

Um vazio cheio. Esse sou eu.  

Por que pequenas palavras são fortes? Por que simples gotas são uma tempestade? Sou um mero boneco de mim mesmo.


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Amor.

Tentar viver um conto de fadas. Mas nele não estar.
O que mais tenho medo, é da minha bela adormecida nunca mais acordar.

Sou apenas mais um personagem, um principe coadjuvante
Colocado nessa complexa história, com um papel insignificante.

Um dia a princesa irá me encontrar?
Será que cansarei de idealizar?
É errado querer ser feliz ao lado de alguem e simplesmente... amar?

O amor nada mais é do que pura ilusão? NÃO!
É rir. Sorrir. Ferir. Redimir. AMAR!

O amor é uma pura linha, tecidas por puros pensamentos que ligam duas almas. O amor não é mero sentimento. Não é um simples entendimento. É algo além. Porém.


É errado sonhar?

O mundo é tão frio a ponto de querer desmanchar toda minha imaginação?

Ver um filme e chorar. Ver uma canção e se lembrar. Ver um casal apaixonado... E apenas idealizar. Acreditar.

ILUDIR?

O amor. Um complexo quebra cabeça de nosso coração, que é montado aos poucos pela pessoa amada. O meu? Ainda faltam 1000 peças, todas embaralhadas, bagunçadas. Esperando apenas sua amada para enfim o montar. Finalizar.

Mundo.

 mundo. Um emaranhado de linhas tecidas continuamente, sem parar.

A vida. A linha que dificilmente é tecida, formando um complexo conjunto de ações e pensamentos. Que continuamente se torna embaraçado e praticamente impossível de se tornar algo útil.

Viver nessa confusão exige muito. Muito além do que eu posso suportar. Se a vida é tecida de acordo com nossas ações, por que a minha linha é tão fraca e resistente?

A cada dia que passa, a esperança se torna mais distante.. Por que o desespero se torna maior que a razão? As perguntas me rodeiam. As respostas? Impossívelmente alcansáveis.

O mundo me mostra, da pior e mais dolorida forma, que ele não é um mero conto de fadas. Que o feliz para sempre quase sempre não é feliz.


A decepção.

O arrependimento.



Sentimentos que me seguem. São minha sombra mais profunda. Minha alma parece estar em minúsculos fragmentos, perdidos em meio a fina linha. Juntá - los pode ser a solução, mas a cada passo em sua direção a linha se quebra, em meio a tanta pressão.

Se uma saída existe, ela eu quero logo encontrar. Preciso sair de perto do precipício tão tentador e assustador que frequentemente me arrasta para uma determinada saída, que não tenho certeza se é a certa.


Estar encurralado. Ser apenas mais um peão sacrificado inutilmente, sendo pressionado constantemente pelo oponente imbatível, indestrutível.

Não saber para onde ir. Ter milhares de coisas na cabeça mas ao mesmo tempo não ter nada. Se antes havia desistido de desistir, agora cansei de tentar não desistir.

Eu tento me esquivar. Eu tento esquecer. Mas a solução dess confusa equação não pode ser resolvida. A igualdade não se iguala. O tempo deixa profundas marcas que nem mesmo ele pode curar. Eu tento acordar. Tento despertar de um conto... de terror.
 
Ceder à inevitável pressão.
Correr da simples solução.
Se perder nessa minúscula imensidão.