E eu ainda não consigo entender. Tento, mas ESSE quebra – cabeça eu não posso resolver. Por que não posso simplesmente ser feliz? Olho para trás, e percebo que nada fiz. Não consigo simplesmente sorrir. É doloroso para mim fingir. E as lágrimas que caem enquanto escrevo mostram descaradamente aquilo que diariamente tento, inutilmente, esconder. Queria apenas conseguir viver, seguir em frente para enfim ver. Ver que a vida é preciosa demais para que despedice-a de uma forma tão banal. Tão… brutal. Eu estou num patamar, onde nada mais parece se consertar. Tudo virou motivo para chorar e lamentar.
Isso me desgata.
Olho para as pessoas e sinto inveja de seus sorrisos verdadeiros, de suas alegrias espontâneas. Pareço que vivo numa infinita encenação. E enquanto guardo essa solidão dentro de mim, o buraco parece crescer, e não quer saber de ceder. As perguntas que crio são sempre as mesmas:
Até quando isso irá crescer?
Até quando irei encenar?
Nunca mais poderei verdadeiramente sorrir?
Quando poderei viver? Não ligar? Verdadeiramente, e simplesmente… Rir.
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